Essa teoria foi desenvolvida pelo psicólogo Claes Janssen, entre 1964-1975, na Universidade de Estocolmo.
É um conceito que envolve, além da teoria, métodos e instrumentos analíticos que promovem a inovação, desenvolvimento e mudança.
Todos nós vivemos mudanças, tanto em nossa vida pessoal, como na profissional, em um ritmo cada vez mais rápido e constante.
Claro que nem todas elas são de fácil aceitação, uma vez costumam gerar certo medo e desconforto.
Lidar com o novo nos faz pular de um lugar confortável para o desconhecido.
Ao olhar as quatro fases sobre as quais essa teoria trata, consegui identificar claramente que passei por todas no período de transição de carreira.
Esse é um instrumento muito interessante que leva, de forma estruturada, não só as organizações, mas a nós também, entendermos um pouco melhor de que forma lidamos com as mudanças.
Mas, o mais interessante é verificarmos que estamos constantemente transitando por cada um desses “rooms”. A cada vez que mudamos de quadrante, aprendemos, nos transformamos e crescemos.
Os “four rooms” são divididos da seguinte maneira:
- Contentamento: satisfação com o momento atual. Nessa fase, não vemos nada que precise ser mudado. “A vida é bela”. Tranquilidade. Essa é a nossa zona de conforto. Estamos bem e felizes.
- Negação: nesta fase há um grande apego ao passado. Há resistência e medo a qualquer tipo de mudança. Você até pensa em mudar, mas, algumas coisas do passado ainda o impedem, como o apego a um local, emprego ou qualquer outra coisa.
- Confusão: nessa fase, estamos prontos para aprender e até exploramos ideias novas, porém ainda com alguma insegurança. Você já sabe o que quer, mas, ainda há insegurança para dar o passo final.
- Renovação: estamos abertos e já perseguindo um novo caminho. Estamos dispostos a alcançar um novo patamar de riscos e tomar decisões. É o momento da ação. Nesse estágio, estamos prontos para nosso “salto final”.
Olhando dessa forma, parece muito simples passar de uma fase para outra. Mas, não é! Cada uma delas demanda um gasto de energia muito grande.
Por vezes, quando achamos que estamos prontos para dar mais um passo rumo ao nosso objetivo, vem o apego e o conforto ao que tínhamos de estável (bom emprego e salário certinho ao final do mês) e aí, vamos nós para o estágio de negação novamente.
Contudo, quando, enfim, conseguimos entrar na fase da Renovação, temos a certeza de que havia chegado realmente a hora de mudar.
Acredito que todos nós vivamos esse ciclo, o tempo todo. Mesmo sem sabermos nomeá-lo desta forma.
Talvez gastando energia diferente nessas transições, dependendo de quão impactante seja a mudança que buscamos em nossas vidas.
O que tenho certeza é o tamanho do aprendizado e do autoconhecimento que esse esforço de mudança gera em nós.
Do quanto somos capazes, muitas vezes sem acreditar que podemos.
Algumas mudanças são dolorosas, mas, acima de tudo representam crescimento e são transformadoras!