Quero te fazer algumas perguntas hoje:
1- Ao longo da sua vida, sempre que alguém te elogia você não se sente bem com elogio ou não aceita?
2- Toda vez que alguém lhe parabeniza por um trabalho bem feito, além de você falar aquela célebre frase “não foi nada”, você ainda pensa que o trabalho ficou ruim e que qualquer um poderia fazer melhor que você?
3- Você não consegue aceitar suas conquistas, porque acredita que tudo de bom que acontece com você é devido à sorte ou às atitudes dos outros?
4- Você acredita que tudo o que faz nunca está bom o suficiente?
5- Você acredita que é uma fraude e, a qualquer momento, alguém pode descobrir e te desmascarar?
Se você respondeu sim às perguntas acima, cuidado!
Grandes são as chances de que você esteja sofrendo da Síndrome do Impostor.
Essa síndrome nos faz pensar sobre nós, exatamente da forma como eu descrevi nas perguntas acima.
Estão diretamente ligadas à algumas coisas que ouvimos desde crianças, à cobranças excessivas por notas boas na escola e por nos dizerem, desde pequenos, que não podemos errar nunca.
E isso acontece mais do que pensamos.
Pode ser com você, com alguém da sua família, um colega de trabalho, um amigo… enfim, com qualquer um de nós.
Ela pode nos atingir nos mais variados graus. Pode ir de somente uma sensação chata, em determinado momento, até chegar a casos mais graves onde a pessoa se sente paralisada e não consegue agir.
Esses impostores podem aparecer de diversas formas.
OS TIPOS DE IMPOSTORES
Segundo a especialista no tema, a Dra. Valerie Young, há 4 tipos de impostores:
1- O Perfeccionista: estabelecem metas inatingíveis. Como não conseguem realizá-las, eles têm a certeza de que não são capazes mesmo. Estão sempre insatisfeitos com seu desempenho e duvidam da qualidade do trabalho que executam, uma vez que nunca está perfeito, na sua visão.
2- O Especialista: só fica tranquilo para entregar um trabalho quando sente que já sabe absolutamente tudo sobre aquilo. Como, saber tudo sobre algo é praticamente impossível, acaba não entregando o que precisa e pode até perder prazos.
3- O Gênio Natural: tem muita facilidade em dominar novas tarefas e desenvolver novas habilidades. Porém, quando isso não acontece sente vergonha.
4- O Solista: preferem trabalhar sozinhos. Sofrem para pedir ajuda, porque acreditam que, ao fazê-lo, estão revelando que são uma fraude e que realmente incapazes de fazer determinada tarefa.
5- O Super-Herói: se destaca nas mais diferentes áreas porque faz um esforço muito grande. Só que, essa sobrecarga de trabalho pode leva-lo ao esgotamento, estresse e ansiedade.
ALGUMAS DICAS
Se você está se sentindo assim, abaixo algumas dicas que podem ajudar:
– Construa uma rede de apoio com pessoas que amem você e em quem você confie. Nada melhor que pedir feedback para pessoas que se importam conosco e nos respeitam.
– Escreva todas as coisas boas que você já conquistou e já realizou. Escreva todas as suas habilidades. Ande com essa lista com você. Toda vez que esses pensamentos negativos começarem a falar na sua cabeça, leia-a.
– Busque seu autoconhecimento e desenvolvimento de forma constante. Aprender é ótimo para nossa vida e para o nosso cérebro.
– Se achar necessário, busque ajuda de um profissional: buscar apoio não é vergonha. Muito pelo contrário. É sinal de uma baita coragem.
Quanto mais você sabe sobre você, mais autoconfiante você fica, sua autoestima se eleva e você se sentirá mais forte para enfrentar o que é preciso, olhando para si com orgulho por tudo que já fez e por tudo que ainda fará.